Difusora FM

Bo noite. Sou Maria Paula, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Tenho 57 anos e ouço a Difusora sempre que estou em trânsito, no rádio do carro. Esta semana estava ouvindo um programa que pedia para as pessoas contarem alguma gambiarra que tinham feito ou tido conhecimento. E aí v eio o triste depoimento do apresentador do programa: "eu estava tomando um Machorade ( porque tem o Gatorade e o Machorade)...Que papel rídículo. Desculpem a indignação, mas francamente: estamos no ano 22 do século 21. Talvez na década de noventa do século passado esse tipo de gracinha pudesse ser tolerado. Mas em 2022, quando a ciência já avançou tanto na compreensão de identidade de gênero e orientação sexual, esse tipo de bobagem não pode mais ser tolerada. Vou desenhar (desculpem novamente o tom de indignação): um homem gay , ou seja um homem que nasceu com pênis, testículos e produz testosterona, e e sexualmente se sente atraído por pessoas de mesmo sexo (homens com pênis, testículos e que produzem testosterona) é tão macho quanto um hetero, cis. Sua orientação sexual não tira dele o lugar de "homem". Ouvir isso me fez reconsiderar a escolha pela Difusora. Pessoas que publicamente têm lugar de fala e tantos ouvintes quanto vocês têm, precisam rever seus conceitos e atitudes. Que toda a diversidade seja acolhida com respeito.